Ricardo Baldacci

Ricardo Baldacci Trio
Foxtrot e a Música Brasileira

→ 1920 a 1960 – Quarto episódio

Ricardo Baldacci Trio | Foxtrot e a Música Brasileira: 1920 a 1960 - quarto episódio

Quarta-feira, 11 de agosto, às 21h30

gratuito

Pelo YouTube

*Foto: Dani Gurgel

Neste episódio da série Foxtrot e a Música Brasileira, Ricardo Baldacci Trio apresenta um apanhado diversificado do Foxtrot em várias canções lançadas no Brasil em português e que foram influenciadas pelo Swing Jazz norte-americano.

O repertório abrange desde Lamartine Babo até Ivete Sangalo, e contempla também os jingles e composições originais do Ricardo Baldacci. Músicas de estrutura harmônica jazzística que estiveram presentes nas matinês de Iê-iê-iê e clássicos da Era do Rádio. Tudo isso na roupagem do trio de jazz; sem bateria, à la Nat King Cole; com a adição surpreendente do saxofone.

O projeto Foxtrot e a Música Brasileira: 1920 a 1960 é uma ação de retomada de um gênero que tantas vezes é lido como americanizado, mas teve importância e ocupou lugar de relevância na música brasileira.

A apresentação do repertório com interpretação do trio de jazz, composto por Baldacci e os músicos de excelência Billy Magno e Danilo Vianna, é um convite ao público para redescobrir parte da música brasileira. Baldacci impressiona por seu swing, levada e improvisação minimalista e agradável, tão adequada ao gênero.

Este é um espetáculo realizado por meio da Lei Aldir Blanc, Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura, Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Repertório

Neurastênico (Nazereno de Brito/Betinho)

Lançada por Betinho e seu Conjunto em 1954, regravado por Os Cariocas no mesmo ano e Ronnie Ford nos anos 1960.

É Meu Destino Amar (Dorothy Fields/Jimmy McHugh/Osvaldo Santiago/Roberto Paiva)

Versão de I’m in the mood for love. Foi lançada em 1935, e inserida por Frances Langford no filme “Every Night at Eight” lançado no mesmo ano. A partir de então seria regravada por diversos cantores e bandas. No Brasil, foi gravada inicialmente por Roberto Paiva em 1950, depois, nos anos 1960, pelos cantores Sérgio Murillo e Marco Aurélio. Nos anos 1980, foi regravada por Jane e Erondy.

Três Palavrinhas (Harry Ruby/Bert Kalmar/Ary Barroso/Lamartine Babo)

Foi lançada em 1930 nos EUA por Bing Crosby quando integrava “The Rhythm Boys”. No Brasil, ganhou duas versões ilustres, a primeira de Lamartine Babo (1931 – que foi apresentada no programa) e a segunda de Ary Barroso (1932).

Por que mentir (Ronaldo Lupo/Zelia Moreira)

Gravado pelo ator Ronaldo Lupo em 1944.

Baldacci’s Blues (Ricardo Baldacci)

Composição de Ricardo Baldacci de 2010. Uma frase de foi repetida 3 vezes e tornou-se um tema de jazz.

Frankie Manning will smile on Us (Ricardo Baldacci)

Composição de Ricardo Baldacci de 2013. Após uma viagem a um Festival de Dança na Argentina no estilo Lindy Hop, Baldacci compôs uma música em solidariedade a todos que já amargaram e tiveram seus convites para uma dança recusados. Aqui a música faz menção ao saudoso e maior ícone do Lindy Hop, Frankie Manning, dando a entender que dias melhores virão às vidas dos aspirantes a dançarinos pela benevolência de sua entidade.

É você (Henry/Hide/Haroldo Barbosa)

Uma canção pouco conhecida do grande público, Little Girl foi icônica no repertório de Nat King Cole e é baseada na harmonia de After You’ve Gone. Cole introduziu o tema no repertório no final dos anos 1940. Em abril de 1956, já no estrelato, Cole sofreu um atentado racista num show na cidade de Birmingham no Alabama, quando estava, por coincidência, cantando esta música.
No Brasil, ganhou o nome de É você e foi gravada pela prodigiosa Sonia Delfino em 1960 com um arranjo de Rock n’ Roll, ao estilo Iê-iê-iê no LP ‘Alô, Broto’.

Foi culpa da Lua (Will Hudson/Irving Mills/Eddie DeLange/Dudu Falcão)

Moonglow é uma canção de 1933 que foi lançado pelo violinista ítalo-americano Joe Venutti. Tornou-se emblemática no repertório de Billie Holiday.
No Brasil ganhou várias versões incluindo uma de Ivete Sangalo em 2003 que fez parte da trilha sonora da novela Kubanacan.

Mappin (Arquimedes Messina/Theo de Barros)

Mappin foi fundada como uma loja de departamentos em São Paulo em 1913. Seu famoso jingle foi criado em meados dos anos 1980. Aqui o motivo é adaptado para a harmonia de I got rhythm dos irmãos Gershwin.

Ricardo Baldacci

O cantor e guitarrista paulistano Ricardo Baldacci iniciou seus estudos na guitarra blues em 1992 com Carlos Quefrem. Em 2003 teve aulas com Michel Leme no Conservatório Souza Lima, buscando contato com a linguagem jazzística. Estudou com músicos como Adriano de Carvalho, Joseval Paes, Pedro Simão, Rudy Arnault, Bucky Pizzarelli e Howard Alden. Seu direcionamento artístico voltou-se para a reinterpretação do Cancioneiro Popular dos anos 1920 aos 1950 e sua integração com o jazz. Estreou na noite de São Paulo em 2005 e em 2010 lançou o projeto Ricardo Baldacci Trio, acompanhado de piano e baixo acústico. Baldacci se apresentou em festivais como o Made in New York (EUA), Herrang DC (Suécia), Festival Internacional I Love Jazz (MG), Festival de Jazz CCPA (Paraguai), Rio-Santos Jazz Fest (SP). Seus shows também circularam pelas redes SESC e SESI. Foi escolhido pela rádio Eldorado para prestar Tributo a Frank Sinatra em seu centenário. Como artista principal gravou os CDs Tain't What You Do (2013) com Hercules Gomes (piano) e Ricardo Ramos (contrabaixo); Brothers in Swing (2015) com Bucky Pizzarelli (guitarra), Martin Pizzarelli (contrabaixo) e Konrad Paszkuzki (piano) e Spot on Swing (2017) com Larry Fuller (piano) e Martin Pizzarelli (contrabaixo).

Danilo Vianna

Danilo Vianna é violonista e contrabaixista. Iniciou seus estudos musicais em 2000 na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, onde foi aluno do violonista Renato Santoro. Participou da orquestra de violões de São Caetano do Sul sob a regência da violonista Paola Picherzky, se apresentando em locais como o Teatro Santos Dumont (São Caetano do Sul), TUSP, Teatro Mercedes-Benz (SBC). Participou de eventos como o Encontro de Orquestras de Violões de Tatuí (2003) e o Seminário de Violão Vital Medeiros (Mogi das Cruzes, 2005). Estudou contrabaixo na EMESP Tom Jobim com o contrabaixista Marinho Andreotti e com o baterista Nenê Silva. Trabalhou com artistas como Danilo Caymmi, Zezé Motta, Daniela Mercury, Izzy Gordon, Bina Coquet, Florian Cristea, Ricardo Baldacci, entre outros.

Billy Magno

Billy Magno é multi-instrumentista e arranjador, tendo iniciado sua carreira musical como percussionista. Em Salvador estudou orquestração e regência com Petrúcio Ramos de Souza. Dedicou-se ao piano e ao sax tenor. Em Maceió participou da Orquestra Contemporânea de Alagoas e da Big Banda Show de Ivanildo Rafael (1931-2007), como pianista e arranjador. Participou dos projetos A Casa Flutuante, Balaidegato, Jazz Brasilis, Power Jazz e Billy Magno Noneto. Reside em São Paulo desde 2004 e trabalhou com a Orquestra Urbana Arruda Brasil, Zérró Santos Big Band Project, Guilherme Vergueiro, Renato Consorte, Jazz Big Band, Ricardo Baldacci, Clayber de Souza, Eliane Pelegrine, Lanny Gordin, Cyro Aguiar, Filó Machado, Rubem Farias, Fabiano de Castro, Edmundo Carneiro, Thierry Peala, J.J. Jackson e Rafael Richeb. Depois de uma estadia na Europa voltou ao Brasil em 2012 e trabalhou com Mafalda Minnozi, Danilo Caymmi, Wanderléa, Wilson Simoninha, Dóris Monteiro, Claudia Barroso, Claudya, Angela Maria, Agnaldo Timóteo, Luis Wagner, João Parahyba, Zeca Baleiro, Duofel, entre outros. Participou da trilha sonora de filmes como Imagem Peninsular de Ledo Ivo (de Werner Salles Bagetti, 2004), Histórias de amor duram apenas 90 minutos (de Paulo Halm, 2010) e do musical A Paixão Segundo Nelson (de Zeca Baleiro, 2016).

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