Palavras “jongadas”

Palavras “jongadas”: um panorama histórico da literatura de mulheres nos Cadernos Negros

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Palestra online | Palavras “jongadas”: um panorama histórico da literatura de mulheres nos Cadernos Negros

Maria Clara Martins Cavalcanti

Quinta-feira, 29 de junho, das 19h às 21h

Gratuito ou contribuição voluntária de qualquer valor

150 vagas por ordem de inscrição

Plataforma Zoom

Imagem: símbolo do Quilombhoje Literatura

1° encontro do ciclo Literatura negrofeminina: conversas entre gerações

No ano em que a publicação Cadernos Negros completa 45 anos, e 20 anos da publicação do ensaio de Esmeralda Ribeiro – onde se referia aos passos dados por diferentes escritoras negras, refletindo sobre temáticas diversas, sentidos e possibilidades de sua criação literária – preparamos um ciclo de três encontros para debater os caminhos, compassos e descompassos percorridos pela literatura negrofeminina no Brasil. Entendemos que estas escritas, de diferentes gerações, encontram-se na encruzilhada: se aproximam, distanciam, movimentam e relacionam.

Neste encontro, a escrita das mulheres nos Cadernos Negros será considerada historicamente, especialmente sob os recortes de gênero, raça, história, sexualidade, família, e demais questões que atravessam essa literatura. Essa análise busca não apenas historicizar essa produção negrofeminina/feminista, como também pensar as contribuições intelectuais destas escritoras na construção de narrativas que são também históricas, epistemológicas e, sobretudo, políticas.

Espera-se, portanto, analisar as relações, aproximações, distanciamentos e especificidades destes pensamentos em relação às pautas dos movimentos políticos antirracistas e feministas destes últimos 40 anos. Parte, portanto, do diálogo entre história e literatura e das perspectivas dos femininos negros e decoloniais, inspirado em autoras como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Esmeralda Ribeiro, Conceição Evaristo, Miriam Alves, dentre outras -, para pensar como esta escrita – em diálogo por vezes com a literatura fantástica, trágica, irônica etc. -, elaboram um espaço de exercício e manifestação política potente, feminista e antirracista.

Próximos encontros

Conversa com Esmeralda Ribeiro e Maria Clara Martins Cavalcanti
6 jul 2023
19h

Colher os frutos, continuar plantando: literatura de mulheres negras hoje
Lubi Prates e Maria Carolina Casati
12 jul 2023
19 hs

Público-alvo

Interessados em geral, escritores, artistas, professores, estudantes e pesquisadores

Maria Clara Martins Cavalcanti

Maria Clara Martins Cavalcanti é aficionada pelo que há de política na cultura e na subjetividade. É uma historiadora feminista, professora, educadora popular e pesquisadora. Interessada nas relações entre arte, música, literatura e a política, tem se dedicado a investigar as potências dos feminismos decoloniais como crítica à História. Neste caminho, graduou-se em História na Universidade Federal Fluminense (UFF), é mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutoranda em História Política na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atuou, ainda, como educadora no Museu do Amanhã - RJ, onde desenvolveu trabalhos sobre arte, ciência, gênero e educação. Hoje, coordena também o GT Gênero da Associação Nacional de História - RJ.