A arqueologia como produção de saber e de poder

→ Ciclo de palestras de arqueologia: “Novo Mundo”, “Velho Mundo”

Palestra online | A arqueologia como produção de saber e de poder

Camila Diogo de Souza

qua, 28 fev
das 19h às 21h

gratuito ou R$ 20,00 a R$ 80,00

95 vagas por ordem de inscrição

Plataforma Zoom

Imagem: Mapa do Brasil. MONTANUS, Arnoldus. América. O mundo novo e desconhecido, ou descrição da América e do país do Sul. Amsterdã: Jacob van Meurs, 1671.

A Arqueologia busca analisar os vestígios materiais de diferentes naturezas a fim de entender a história das sociedades de um passado distante, envolve o estudo do “ciclo” ou “história de vida” dos artefatos e de sua interação com os as pessoas que pensaram, confeccionaram, comercializaram, consumiram, reutilizaram e, finalmente, descartaram tais objetos.

Esta palestra pretende demonstrar, com alguns exemplos do “Velho” e do “Novo” Mundo, como a cultura material envolve um processo mnemônico de aprendizagem, tradição, adaptação e inovação e pode se tornar uma âncora simbólica de poder e um poderoso instrumento de construção e desconstrução de memórias e identidades.

Este encontro faz parte do ciclo “Novo Mundo”, “Velho Mundo”

Qual o impacto dos conceitos de “Velho Mundo” e “Novo Mundo” na nossa “identidade americana”? Como nosso passado, nossa história e nossa memória foram construídos?

O tema curatorial da Casa Museu Ema Klabin para 2024 é “Novo Mundo: territórios e identidades”. Por meio dele, convidamos o público a reavaliar os conceitos sobre o “continente americano”, buscando novas leituras e perspectivas sobre sua geografia, suas diversas populações e suas manifestações culturais.

Realizaremos um ciclo de encontros com o objetivo de tratar do “Novo Mundo” e as implicações dessa nomenclatura europeizada: quais apagamentos e recortes se produzem quando se fala de um território americano? O que havia no território americano antes de ser a “América”?

Como esse território era ocupado? Quais foram os primeiros humanos do continente e como foi a circulação desses povos? Quais culturas estavam presentes e como, por meio da arqueologia, podemos tratar dessas sociedades sem a influência da construção histórica do colonizador?

Este ciclo de encontros contará com palestras presenciais e/ou online, que versarão sobre arqueologia brasileira, argentina e peruana, técnicas arqueológicas, identidade e alteridade, genética e antropologia virtual, culturas andinas atuais e seu passado, arqueologia amazônica, arte rupestre, bioarqueologia e a construção da imagem do Brasil após a chegada dos primeiros europeus.

Os dez encontros, que tiveram a curadoria de Cintia Gama Rolland, acontecerão entre fevereiro e novembro de 2024, com a participação de especialistas do tema como Camila Diogo de Souza, Milena Acha, Daniela La Chioma, Carolina Guedes, Verônica Wesowski, Monica Cristina Correa, André Menezes Strauss, Thiago Kater, Marcio L. Baúso de Figueiredo e Yves Rolland

Público-alvo

Pesquisadores, Historiadores,  Público em Geral

Camila Diogo de Souza

Camila Diogo de Souza é doutora e pós-doutora pelo MAE-USP, pesquisadora do CNRS, França e da Escola Francesa de Atenas (EfA), Grécia. Coordena o Grupo de Pesquisas em Práticas Mortuárias no Mediterrâneo Antigo (TAPHOS-CNPq/MAE/USP) e o Laboratório de Estudos sobre a Cerâmica Antiga (LECA/UFPel). Foi Professora Visitante do CAAF-UNIFESP e, atualmente, é Pesquisadora Visitante da UFF. Tem experiência na área de Arqueologia Clássica, Arqueologia Funerária, Ceramologia, Teoria e Método em Arqueologia, Arqueologia Forense, Arqueologia Pré-Histórica.

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