Visita dialogada
Revirar o museu
Visita dialogada | Revirar o museu: exercícios para reinterpretar a Coleção Ema Klabin
Mirtes Marins de Oliveira
Sábado, 19 de novembro, das 10h às 12h
Gratuito ou contribuição voluntária de qualquer valor
20 vagas por ordem de inscrição
Atividade presencial
Imagem: Área de serviço da Casa Museu Ema Klabin. Foto Nelson Kon.
Esta visita dialogada é uma atividade alinhada com a proposta da exposição “Reviravolta” com objetivo de apresentar, aos visitantes interessados, informações e ferramentas que colaborem criticamente para novas leituras sobre a Coleção Ema Klabin, apresentada pela Casa Museu.
A programação está dividida em dois momentos e formatos: primeiramente a palestra online sobre a iniciativa da Casa Museu Ema Klabin em revirar sua coleção em novas perspectivas narrativas que será realizada no dia 17 de novembro de 2022, às 19h. E um segundo momento com a visita dialogada no dia 19 de novembro às 10h.
A partir da perspectiva de ambientes do museu – não abertos aos visitantes regularmente, como as áreas de trabalho nos bastidores das mostras – abre-se o diálogo com os públicos, evidenciando possibilidades críticas que a exposição “Reviravolta” proporciona.
Neste encontro a professora Mirtes promoverá uma visita pelos ambientes internos da Casa Museu Ema Klabin, revelando o espaço doméstico como suposto espaço feminino e indicador de papéis e funções: cozinha; sala de jantar – caracterizado como o “lugar da mulher” em uma casa, mesmo de classe abastada. Da mesma forma, serão enfatizados aqueles elementos que tipificariam o gênero, como a escrivaninha de mulher, peças de toucador, entre outros.
“Reviravolta” quer provocar novas narrativas a partir da Coleção Ema Klabin e, ao interferir na disposição das obras e trazer elementos nunca exibidos para o espaço expositivo, promove para os visitantes a possibilidade de reinterpretar a instituição, seus objetos, roteiros de visitação e até mesmo provocar questionamentos: O que é um museu? O que revela e o que esconde uma mostra? Como compreender o que está em jogo quando uma instituição promove um encontro entre artefatos e seus públicos? Quais narrativas são trazidas para uma exposição?
Esta atividade está conectada com a palestra online do dia 17/11/2022
Interessados em debates sobre exposições, museus e curadoria; pesquisadores, artistas e estudantes.
Mirtes Marins de Oliveira
Mirtes Marins de Oliveira é mestre e doutora em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002) e Pesquisadora Colaboradora na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP, 2020). É docente e pesquisadora na Pós-Graduação em Design da Universidade Anhembi Morumbi e Pós-Doutora pela FE-USP. Curadora de “contra o estado das coisas – anos 70”, na Galeria Jaqueline Martins (2014), de “Arte para todos! Liberação e Consumo” (Instituto Figueiredo Ferraz, em Ribeirão Preto, 2016) e “especular”, na Galeria Jaqueline Martins, em 2018. Participou, em 2015, do livro “Cultural Anthropophagy: The 24th Bienal de São Paulo 1998”, da coleção Exhibition Histories, da editora inglesa Afterall, com texto sobre a recepção crítica da mostra. Organizou, com Fabio Cypriano, o livro “Histórias das Exposições: Casos Exemplares”, pela EDUC (2016). Realizou, em 2019, a curadoria da exposição ``Comigo ninguém pode``, na Galeria Jaqueline Martins; de ``Não um sonho`` na Galeria Simões de Assis (2021) e ``Máscaras: Fetiches e Fantasmagorias``, no Paço das Artes (2021-2022).