Paulicéia

Tramas Culturais | Sons da Paulicéia

Tramas Culturais | Sons da Paulicéia

Marco Prado

Quinta-feira, 14/03/2019 das 19:30 às 21:30
Outros encontros: 28/03, 11/04, 25/04

Gratuito

30 vagas por ordem de inscrição

*Imagem: Marco Prado/Divulgação

Seguindo um roteiro histórico, trataremos de importantes manifestações musicais criadas dentro de um universo rico e conflitante, encontrado em uma grande metrópole como São Paulo.

A híbrida identidade paulistana também vincula a velocidade das transformações do ambiente público, as possibilidades de contato com diversas culturas e se transforma continuamente por não ter uma representação clara ou definitiva. Artistas que se desenvolvem na cidade desfrutam de uma enorme possibilidade de formação e informação, mas também convivem com uma identidade continuamente transformada por essas relações e muitas vezes a música produzida reflete os conflitos gerados por uma convivência musical multifacetada.

O ponto central do curso se situa entre os protagonistas da “Vanguarda Paulistana”. Artistas que entre as décadas de 1970 e 1980 desenvolveram um trabalho atrelado ao cotidiano paulistano. Os espaços em que as apresentações musicais aconteciam e o contexto histórico ligado ao período, também podem demonstrar as ligações entre São Paulo, suas características e seus artistas. A proposta é a de apresentar uma parte significativa da música feita na metrópole, seus vínculos com o ambiente urbano, com as diversas influências que a cidade possibilita e principalmente proporcionar um contato maior com a produção dos artistas da “Vanguarda Paulistana”.

Os encontros serão divididos da seguinte maneira:
14/03: 1º encontro São Paulo, dos Jesuítas aos Antropofagistas: Resumo histórico da formação da cidade de São Paulo e de suas transformações entre a fundação da cidade e a Semana de Arte Moderna.

28/03: 2º encontro Surgimento da Vanguarda: Contexto histórico e cotidiano paulistano entre as décadas de 1970 e 1980. Referências de espaços urbanos e a indústria cultural no período. Centro e periferia, Punks e Rockers, canção e música instrumental, popular e erudita. Cultura oficial e cultura marginal definida pelos meios de comunicação tradicionais.

11/04: 3º encontro Artistas, sons e ambientes: Principais expoentes do movimento da Vanguarda Paulistana. Desdobramentos e a música instrumental. Lira Paulistana, Sanja, Aeroanta, Dama Xoc, Bixiga – espaços para a música alternativa e o significado da palavra dentro do contexto histórico das décadas de 1970 e 1980. Gravadoras independentes, rádios piratas, cena underground, programas de TV e literatura.

25/04: 4º encontro Desdobramentos: Artistas e músicos influenciados pela Vanguarda. Espaços públicos e privados para a música. A arte nas ruas, bares, projetos e teatro. Ambiente atual. Mapeamento de áreas, estilos e redutos em São Paulo no século XXI. Limites e transgressões entre a rigidez das definições de modelos e as posturas antropofágicas.

Público Alvo

Público Geral, Professores, Músicos e Curiosos.

Marco Prado

Marco Prado é professor, guitarrista e historiador formado e licenciado pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduado pela PUC-SP. Estudou Composição e Regência na UNESP e História da Cultura e Composição na Itália (Roma e Ostia). Atuando como professor desde 1987, trabalhou em escolas e projetos musicais (Conservatório Musical do Morumbi, Projeto Guri, Universidade Livre de Música-ULM, CEM Tom Jobim, Colégio Maria Montessori, Oficina Oswald de Andrade, Colégio Bom Jesus do Pari, Brooklin Music, Escola Voice e Projeto Céu) lecionando diversas disciplinas (Guitarra/Prática de conjunto/Teoria Musical/Apreciação Musical e História da Música). Atuando como músico profissional desde a década de 1980, participou de grupos musicais (Bixo-na-Broa/Banda Crime/Plânctons/Rosto sem Face) e de programações que fizeram parte da cena cultural paulistana atuando ao lado de artistas de destaque como Marcos Andrada (Vultos), Junior Moreno (Blue Jeans), Rogério de Campos e Marcus Paradiso (Crime), Calegari (Inocentes), Lauro Lellis (Jazzco), Sérgio Dias (Mutantes), Os Mulheres Negras, Kães Vadios, Fungos entre tantos. Gravou pela gravadora “Luaka Bop” de New York (1997-98), recebendo o ``Grande Premio da Critica`` pela APCA em 1998 pela participação no CD “Defeito de Fabricação” de Tom Zé produzido por David Byrne. Atualmente é professor das disciplinas de apoio da EMESP-Tom Jobim (antiga ULM), desenvolve o trabalho solo “Zeis”, o duo “Mezcala” com o instrumentista André Sanches e o duo “Naus” com o músico Gustavo Barbosa Lima. É integrante da banda “Chá de Pólvora” que lançou seu primeiro CD independente em 2014 e o segundo CD “Kemerovo” que será lançado em 2019.