A África Central e a formação das musicalidades afro-brasileiras
Tramas Culturais | A África Central e a formação das musicalidades afro-brasileiras
Quinta-feira, 19/04/18, das 19h30 às 21h30
gratuito
*Imagem: detalhe do quadro “Vista de Olinda” de Frans Post (acervo da Fundação Ema Klabin). Fotografia por Henrique Luz
Esse curso tem como eixo central uma discussão sobre a diáspora forçada no Brasil, desde o século XVI, das culturas musicais originárias da África Central ocidental e Austral.
Nosso objetivo é divulgar alguns resultados de uma investigação histórica em curso sobre os processos de transformação, (re)criação e incorporação destas musicalidades no Brasil, tendo em vista principalmente a agência histórica (cri)ativa destes músicos africanos escravizados oriundos de Angola, Congo e Moçambique e a importância de seu legado cultural, artístico e filosófico para as culturas afro-brasileiras contemporâneas, especialmente no tocante as suas tradições musicais que constituíram a principal base subjacente e a formação de nossa musica popular nos séculos XIX e XX.
08/03: 1º encontro – Por uma história social das diásporas musicais centro-africanas no Brasil
• “Essa gunga veio de lá…” – Desfolclorizando a cultura negra: historicizando objetos, celebrando agentes e agências
• O comércio atlântico de escravos e a formação das “nações diaspóricas” – dinâmicas de formação e transformação do sistema atlântico e seus impactos na gênese das culturas afro-americanas (Sécs. XVI – XIX)
22/03: 2º encontro – Os universos culturais da África Central ocidental
• Os povos Bakongo, Bakuba, Ambundu e Ovimbundo (Angola e República Democrática do Congo – Sécs. XV-XIX)
05/04: 3º encontro – As diásporas musicais centro-africanas no Brasil (Sécs. XVI a XIX)
• Instrumentos e musicalidades da África Central ocidental – as diásporas dos “Congos” e “Angolas” no Brasil
• Instrumentos e musicalidades da África Austral – a diáspora dos “Moçambiques” no Brasil
19/04: 4º encontro – As musicalidades afro-brasileiras no século XIX e suas diásporas internas
• Musica, africanidades e africanias no sudeste escravocrata: Congo, Batuque, Jongo, Macumba e Congado
Rafael Galante
Rafael Galante é historiador e etnomusicólogo. Mestre e doutorando em História Social pela Universidade de São Paulo, Brasil, onde está realizando a pesquisa: “Iconografia musical do Atlântico Negro: Brasil - África Central e Austral, um inventário analítico (Sécs. XVI-XIX)”. Em 2014 esteve como professor visitante do Departamento de Português e Espanhol da Univ. Smith College, em Massachusetts, EUA e no segundo semestre de 2017 esteve como pesquisador visitante no departamento de História da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, Moçambique. Realizou pesquisas de campo sobre música, religião e cultura popular em comunidades quilombolas e tradicionais do Brasil, de Cuba e de Moçambique, trabalhando sempre a temática da presença cultural africana nos processos históricos de formação das culturas musicais e identidades afro-diásporicas no âmbito do espaço atlântico.