Palestra
Para vestir o sagrado
→ Iberismos e africanidades na Bahia
Palestra | Para vestir o sagrado: Iberismos e africanidades na Bahia
Raul Lody
Sábado, 23 de outubro, das 11h às 13h
Gratuito ou contribuição voluntária
150 vagas por ordem de inscrição
Plataforma Zoom
Com intérprete de Libras
Imagem: Caboclinho, Carnaval 2011, Foto de Jorge Sabino
A palestra “Para vestir o sagrado” tem como objetivo interpretar as indumentárias das baianas dentro de uma rede de significados sociais, culturais, estéticos e religiosos localizando-as na sua dimensão patrimonial de gênero no âmbito afrodescendente.
Com isso, destacaremos a organização e o conceito social da consagrada indumentária da baiana, elaborada a partir de elementos islâmicos e das joalherias ibéricas.
Consideraremos, ainda, os elementos visuais da indumentária de baiana que dialogam com as máscaras, os penteados, os utensílios de couro e as fibras naturais da África ocidental, e como tudo isso integra um entendimento do significado de vestir e da definição dos papeis sociais da mulher.
As manifestações estéticas afrodescentendes, bem como, as suas conexões com as matrizes ibéricas nas indumentárias femininas serão interpretadas por meio da leitura etnográfica.
“Vestir o sagrado” investigará as conexões com as memórias ancestrais que estão até hoje no cotidiano e nas festas, principalmente na construção do pertencimento a uma tradição afro-ibérica.
A exposição Ema e a moda no século XX: as roupas e a caligrafia dos gestos tem apoio cultural do Governo do Estado de São Paulo, por meio do ProAC ICMS da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e patrocínio da Klabin S.A.
A programação cultural integra o projeto Digitalização da Coleção Ema Klabin, que contou com o apoio da plataforma Benfeitoria e da Sitawi, no âmbito do edital Matchfunding BNDES+ 2020.
Profissionais de moda, de design, de história, de arte, de sociologia, de antropologia, de museologia e interessados em geral.
Raul Lody
Raul Lody é antropólogo, museólogo, escritor e ilustrador. Curador das Fundações: Gilberto Freyre (Recife); Pierre Verger (Salvador). Tem seu trabalho concentrado nas áreas de etnoestética africana, arte popular brasileira e antropologia da alimentação. Publica desde 1974, onde reúne 86 livros, centenas de artigos e roteiros para cinema e vídeo.