Palestra presencial | Uma mala e seus marcadores de diferença
Palestra presencial | Uma mala e seus marcadores de diferença
Rosemeri Conceição
sáb, 25 mai
das 11h às 13h
gratuito com sugestão de contribuição voluntária
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Imagem: Mala de sapatos da renomada fabricante francesa Maison Goyard, presente na Coleção Ema Klabin Crédito: Arcevo Casa Museu Ema Klabin
De que maneira uma mala pode proporcionar leituras sobre a sociedade do século XX?
O objetivo desta palestra é propor uma investigação a partir da análise da mala de sapatos da renomada fabricante francesa Maison Goyard, presente na Coleção Ema Klabin.
Buscamos compreender como os sapatos, esse artefato da cultura material, revela as clivagens sociais e raciais existentes em sua época, oferecendo-nos uma janela única para examinar as complexidades e nuances daquele contexto.
Esta abordagem descortina um conjunto de possibilidades interpretativas que se estende desde suas atuais apropriações no universo da moda até as referências como símbolo de liberdade no contexto escravista afrodiaspórico.
Isso permite esquadrinhar sua performance no Brasil das primeiras décadas deste século, quando se tornou um símbolo de hierarquização. Sua presença ou ausência implicou em referências na literatura, na documentação policial e na história dos museus, como veremos neste encontro.
Este projeto é contemplado pelo Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais, PROMAC, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com patrocínio da Marsh McLennan.
Interessados em geral
Rosemeri Conceição
Professora, pesquisadora e doutoranda de História e Crítica da Arte no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAV-UFRJ). Em 2022, sua pesquisa foi premiada com bolsa integral para apresentação no Afro-Latin American Research Institute (ALARI) da Universidade de Harvard. Tem atuado em ações de pesquisa, ensino e extensão em universidades públicas com temas relacionados às Artes Visuais na afrodiáspora, o Pensamento Social Brasileiro e as ações decoloniais em museus. Foi pesquisadora do MASP, onde discutiu a estética de Cândido Portinari. Participou do Territórios Curatoriais do MAM Rio. É professora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.