Quarto Azul

A ambientação do quarto de hóspedes decorre da natureza receptiva do cômodo: a presença de móveis luso-brasileiros em jacarandá (séc. XVIII), junto à pintura de Tarsila do Amaral, oferecia aos hóspedes peças que representam um imaginário do Brasil resumido ao período colonial e ao primeiro modernismo.
A tela Rio de Janeiro (1923), de Tarsila, reflete um momento de grande evolução da artista a partir de seus estudos em Paris. As influências cubistas permitiram que desenvolvesse uma linguagem própria, que se fortaleceria nos anos seguintes, em sua fase pau-brasil. Por outro lado, a cama e a meia-cômoda são belos exemplares do estilo rococó português produzido durante o reinado de D. José I (1750–1777).
Outros temas recorrentes da coleção se repetem aqui, desde a chinoiserie, presente no relógio de mesa inglês (séc. XVIII), a peças adaptadas à decoração, como o tapete iraniano (séc. XIX) – que narra o episódio em que o profeta Eli prega aos seus filhos desobedientes – e os entalhes peruanos (Sucre, séc. XVII) aplicados às portas do armário e do banheiro.

29 itens em Quarto Azul → Página 4 de 4.

MEIA-CÔMODA, Séc. XVIII.
Autor Desconhecido
Material
ou Técnica
Madeira jacarandá entalhada, com marchetaria; marfim; bronze dourado.
Medidas Brasil.
Ambiente Quarto Azul
Tombo M-0184
Ver obra →
MOCHO, Séc. XVIII.
Autor Desconhecido
Material
ou Técnica
Madeira jacarandá entalhada.
Medidas 53,5 x 53,1 x 46,3 cm (quadrado irregular)
Ambiente Quarto Azul
Tombo M-0185
Ver obra →