Arte-Papo | Victor Leguy
gratuito
Sábado, 23/09/17, das 14:00 às 15:00
30 vagas por ordem de chegada
Fotografia: Luciene Lamano
Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura e Klabin apresentam:
Arte-Papo | Victor Leguy – A conversa aborda o processo de pesquisa e produção de, O Museu Inexistente vol 01., do artista Victor Leguy, concebido em parceria com o curador Gabriel Bogossian, e selecionado no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2015.
Um dispositivo semelhante a um museu fictício que reconta parte da história do Brasil sob uma nova perspectiva, invertendo a lógica da formação e recepção das imagem numa tentativa de descolonizar o olhar e ampliar nosso repertório imaginativo, visual sobre o patrimônio cultural brasileiro.
Através de desenhos, filmes, documentos e objetos, a exposição traz para o centro do debate o imaginário construído em torno dos Enawenê-Nawê, povo indígena residente no Mato Grosso que realiza o ritual Yaokwa, que tem duração de 7 meses e é reconhecido pelo IPHAN como patrimônio cultural imaterial brasileiro. As diferentes histórias que surgem a partir desse imaginário evidenciam algumas questões que orbitam a ideia de museu, seu papel crucial na construção da memória coletiva e da identidade nacional.
O curador e pesquisador Gabriel Bogossian comenta sobre a pesquisa, “A ideia deste dispositivo é problematizar o papel do museu nos dias de hoje, seu caráter de detentor das grandes narrativas, na maioria das vezes limitando a história que conhecemos a um ponto de vista que atenda aos interesses do poder”.
O trabalho/dispositivo “O Museu Inexistente No 1” é um projeto em processo de construção, uma instituição em constante evolução que apresenta novos pontos de vista sobre a construção da imagem do outro, invertendo principalmente a lógica do que entendemos por “imagem”, da informação usada em sua construção, reelaborando histórias de forma coletiva com debates periódicos no próprio dispositivo expográfico, criando novas chaves de compreensão do presente, dos nossos debates culturais e dos nossos processos políticos. Como reprogramar, desconstruir, alterar nosso primeiro dispositivo, nós mesmos? Quais estratégias podem ser pensadas neste contexto?