VIOLÃO E PONTO | As Mulheres e o Violão | Sábado, 05/03 às 16:30

Projeto Violão e Ponto convida todos para celebrar a importância da mulher no violão

Com o tema “As Mulheres e o Violão”, a Guitar Society paulistana promove uma tarde de debate e apresentações musicais que celebram a cena da mulher na música instrumental. O evento é gratuito e tem início às 16h30 na Fundação Ema Klabin, em São Paulo. (Imagem: Paola Picherzky por Gal Oppido)

 

 

O Violão e Ponto dedica sua edição de março para celebrar o Dia Internacional da Mulher e promove uma roda de debate sobre o papel da mulher na música, principalmente na música instrumental para violão, que é foco do projeto. O debate irá contar com importantes nomes do violão instrumental brasileiro. As violonistas participantes são: Cecília Siqueira, Maria Haro, Paola Picherzky e Renata Montanari. Além do debate teremos apresentações musicais com violonistas de diferentes níveis musicais e estilos, marca registrada do palco aberto dessa Guitar Society.
Dizer que temos poucas violonistas atuantes no Brasil é uma visão muito superficial. Importantes nomes nessa área colocam nos palcos uma cena cultural riquíssima e de uma brilhante diversidade musical. Apenas para citar algumas excelentes violonistas temos: Cecília Siqueira, Maria Haro, Paola Picherzky, Renata Montanari, Karina Montenegro, Badi Assad, Regina Albanez, Elodie Bouny, Angela Muner, Maria Lívia São Marcos, Carin Zwiling, Marcelly Rosa, Juliana Oliveira, Josiane Gonçalves, Livia Canola, Andrea Paz, Raíssa Amaral, Vera de Andrade, Lia (Choro das 3), Marcia Braga, Fernanda Bertinato, Gisela Nogueira, Andrea Perrone e Cristina Azuma. No cenário internacional, temos Gaëlle Solal (Bélgica), Christina Sandsengen (Noruega), Ana Vidovic (Croácia), Antigoni Goni (Grecia), Li jie (China), Xuefei Yang (China), Eva Beneke (Alemanha) e a Sharon Isbin (Estados Unidos), entre tantas outras.
A Fundação Ema Klabin recebe esta edição do Projeto Violão e Ponto. Além de abrigar junto ao palco um dos jardins mais bonitos de São Paulo, a Fundação tem uma programação musical regular de altíssimo nível e um museu aberto ao público que abriga o valioso acervo de 1.545 obras, entre pinturas do russo Marc Chagall e do holandês Frans Post, dos modernistas brasileiros Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Lasar Segal, talhas do mineiro Mestre Valentim, mobiliário de época, peças arqueológicas e decorativas.
O projeto “Violão e Ponto – O Clube do Violão Solo” foi concebido em 2012. Os encontros desta Guitar Society são mensais e sempre contam com um ambiente descontraído e um bom bate-papo. O programa sempre começa com um Palco Aberto, espaço para os violonistas presentes tocarem, sem restrição de nível ou estilo, e logo depois o convidado da noite fala sobre sua carreira e faz um pequeno recital/concerto. O projeto assim busca promover o violão nas suas mais variadas formas de expressão, dando oportunidade para novos artistas, para os estudantes aperfeiçoarem seus estudos, incentivando a prática no instrumento, preservando a história do violão e trazendo grandes nomes ao clube.

Sobre as violonistas participantes do debate:

 

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Cecilia Siqueira por Yuji Kodato

Cecília Siqueira foi uma menina prodígio. O avô, os tios e os pais foram violonistas. Seu pai inclusive foi discípulo direto de Abel Carlevaro. Iniciou-se na música aos 6 anos e aos 9 começou a tocar guitarra elétrica em bailes noturnos, integrando um grupo de sua família. No ano seguinte, passou a dedicar-se ao violão clássico. Aos 15 anos de idade, Cecília já vencia seu primeiro concurso de interpretação. Entre os principais professores estiveram o uruguaio César Amaro e o brasileiro Henrique Pinto. Com o Fernando Lima, forma o Duo Siqueira Lima e com o duo gravou três álbuns e já se apresentou em mais de 20 países, destacando os concertos em Moscou, São Petersburgo, Varsóvia, Kiev, Sarajevo, Paris, Milão, Luxemburgo, Bruxelas, Dublin, Madri, Pretória, Luanda, Dallas, Miami, Las Vegas, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Montevidéu e Assunção.

 

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Maria Haro por Ronnie Magalhães

Maria Haro nasceu em Montevidéu-Uruguai. Iniciou seus estudos de violão em 1973 com Antonio Manzione, em Santos- SP e aperfeiçoou-se com Henrique Pinto (SP), Leo Soares (RJ), Abel Carlevaro (Uruguai) e Miguel Girollet (Argentina). É Bacharel em Música pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) onde estudou com Turibio Santos e Mestre em Música na UFRJ, apresentando a dissertação “Nicanor Teixeira: a música de um violonista-compositor brasileiro”, em 1993. Desde 1990 é professora de violão na UNIRIO. Recebeu várias premiações em concursos nacionais, destacando-se o 1º lugar no Concurso Nacional Villa-Lobos (1987). Como solista e camerista, estreou e gravou obras de diversos compositores brasileiros como: Nicanor Teixeira, Ricardo Tacuchian, Cláudio Santoro, Marisa Rezende, Sérgio Barbosa, Antonio Guerreiro, H.D.Korenchendler, Vera de Andrade e Arthur Verocai. Dentre os CDs e LPs dos quais Maria Haro participou, destacam-se: “Die Barock Traversa”, “Orquestra de Violões do Rio de Janeiro”, “Koellreuter 70”, “Nicanor Teixeira por 28 intérpretes”, “Concerto Louvação”, “Imagem Carioca”, “Violões da AVRIO I e II”. Em 2007 lançou seu CD “Fina Flor: Maria Haro interpreta Nicanor Teixeira” recebido com elogios pela crítica especializada. Em 2008 Participou do “3º Encuentro Internacional de Guitarra”, em Asunción-Paraguay, do “VII Seminário Internacional de Violão Vital medeiros”, em Suzano-São Paulo, da “V Semana do Violão do Maranhão”, Do “46º Festival Villa-Lobos”, no Rio de Janeiro.

 

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Paola Picherzky por Gal Oppido

Natural de Mendoza, Argentina, Paola Picherzky é mestre em música pela Universidade Estadual Paulista – UNESP com o trabalho “Armando Neves – Choro no violão paulista”. O trabalho teve como fruto o resgate da biografia, a catalogação da obra completa do compositor e a gravação de um Cd com 18 choros resultando em seu primeiro Cd solo “18 Choros – Armando Neves” lançado em 2008. Sempre atuante na área pedagógica, é professora de violão erudito e popular das Faculdades Santa Marcelina, FMU/FIAM/FAAM e Fundação das artes de São Caetano do Sul. Idealizou e implantou o projeto “Ensino coletivo de violão” o qual culminou na criação da primeira Orquestra de Violões da Fundação das Artes de São Caetano do Sul da qual é regente e diretora artística. Apresentou-se ao lado de artistas como Marco Pereira, Paulo Belinatti, Roberto Sion, Izaías e seus Chorões, Arthur Nestrovsky entre outros. Entre 2008 e 2010 integrou o quarteto de violões QGQ com o qual gravou o Cd “Jequibau” e como convidada gravou, entre outros, o cd “Não tem choro” – com o flautista Ricardo Kanji. É integrante do grupo “Choronas” desde a sua criação.

 

Renata Montanari 01 - Crédito Rui Saleme_700px

Renata Montanari por Rui Saleme

Violonista, guitarrista e compositora, Renata Montanari dedica-se à criação e divulgação da Música Instrumental Brasileira desde os primeiros estudos realizados no Centro Livre de Aprendizagem Musical – CLAM, reconhecida escola fundada pelo Zimbo Trio. Com Henrique Pinto e Paulo Porto Alegre estudou violão e posteriormente estudou harmonia e arranjo com Cláudio Leal Ferreira e Nelson Ayres. Renata participou do Grupo Kali (formado apenas por mulheres e considerado o melhor do gênero à época), da Banda Altas Horas (do programa de Serginho Groisman, da Rede Globo) e já se apresentou e gravou ao lado de grandes artistas como Oswaldinho do Acordeom, Léa Freire, Bocato, Nana Caymmi, Leila Pinheiro, Daniela Mercury, Diana King, Zélia Duncan, Paula Lima, Marina Machado, Vanessa da Mata, Margareth Menezes, Rita Lee, Milton Nascimento e fez parte da Avon Women Orchestra. Professora de violão e harmonia da EMESP Tom Jobim (Escola de Música do Estado de São Paulo), desde 1992, onde coordenou o departamento de Cordas Dedilhadas e diretora e professora do Solo Centro Musical. Entre o som e o silêncio é o primeiro trabalho solo da violonista. Gravado entre fevereiro de 2012 e outubro de 2013, o cd é o resultado de um processo de criação e pesquisa da linguagem do violão brasileiro. No repertório canções próprias, com arranjos originais de temas instrumentais para violão solo e quarteto, e composições como Ponta de Areia, de Milton Nascimento e Fernando Brant, e Forró Brasil, de Hermeto Pascoal. Os arranjos feitos por Renata Montanari trazem as diferentes combinações de timbres, criando espaço para a improvisação e explorando a riqueza rítmica e harmônica da música brasileira. O álbum conta com a participação de grandes nomes da música instrumental brasileira.O contrabaixo de Sizão Machado, a guitarra de Rui Saleme e a bateria e percussão de Tico Delisa se uniram à delicadeza do violão de Renata Montanari dando ao cd suavidade, brasilidade e muito swing.

 

Vídeos das Violonistas Participantes:
Cecilia Siqueira: https://youtu.be/gAY7Y-IV9dg | https://youtu.be/BSVlLV2DoOM
Maria Haro: https://youtu.be/pfanFkPRa24 | https://youtu.be/hwcA2_YO95c?t=23s
Paola Picherzky: https://youtu.be/7-NH3Dy2Xas?t=1m23s | https://youtu.be/OrhJX_3vIrc
Renata Montanari: https://youtu.be/EklLVA0e0j4 | https://youtu.be/Zmw7kSfdiCM
Sobre o Violão e Ponto: http://youtu.be/z9n4EYF7mb0

 

Serviço:
Projeto Violão e Ponto – o Clube do Violão Solo Celebra “As Mulheres e o Violão”
Data e horário: 05 de março, às 16h30
Local: Fundação Ema Klabin – Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – São Paulo/SP Informações: (11) 3062 5245
Classificação Livre
Grátis
Contatos:
Violão e Ponto – o Clube do Violão Solo
www.facebook.com/violaoeponto | [email protected]
Fabyo Aoki | 11 99628-8030
Fernando Alves | 11 98279-0447
Rafael Barrera | 11 97131-2830