TARDES MUSICAIS | Cia das Antigas | Música Sacra e Profana no Renascimento | Sábado, 12/03 às 16:30

O núcleo artístico Companhia das Antigas, em suas pesquisas, focam no repertório que antecede o século XVIII e abrem a série “Música Ocidental – Um Panorama” como espetáculo Cancioneiro de Bolso dedicado às obras compiladas no “Cancioneiro de Lisboa”, livro produzido no século XVI e que é um dos quatro conjuntos de obras portuguesas do renascimento criados entre 1530 e 1550 que ficaram conhecidos como Cancioneiro de Elvas, Cancioneiro de Paris e Cancioneiro de Belém.

A seleção do repertório propõe recordar a vida cultural e musical de Lisboa aonde interpretam obras sacras de tradição católica– para a Quaresma, Paixão, Páscoa e Eucaristia – e músicas profanas que denotam em sua poética o cotidiano, associadas ao período das colonizações, evocando nas cantigas temas de saudade, despedida, melancolia e de esperança do regresso.

Pautados pela performance histórica, o grupo é formado pelo cravista Pedro Augusto Diniz, pela gambista Iara Ungarelli e pelas vozes de André Angenendt, Guga Costa, João Vitor Ladeira e Tiago Pinheiro.

Imagem: Heidi Marie Diniz

 

Obras sacras

Clamabat autem muliercananea

Pedro de Escobar, moteto para o segundo Domingo de Quaresma, empregado no “Auto da Cananeia” (1534) de Gil Vicente

Hoc Corpus quod pro nobistradetur

Anônimo, antífona para o Domingo de Palmas

Ave vera caro Christi

Francisco de Peñalosa, moteto para a Paixão

StabatMater Dolorosa

Pedro de Escobar, sequência para a Paixão

Pupillifactisumus

Anônimo, ladainha para a Sexta-Feira da Paixão

ResurgensChristus

Anônimo, moteto para a Páscoa

 

Obras profanas

Ninha era la infanta

Pedro de Escobar?, romance composto para a tragico­média “As Cortes de Júpiter”(1521) de Gil Vicente

Parto triste saludoso

Anônimo, villancico

Terra donde me criei

Anônimo, cantiga

Em mi gramsuffrimento

Anônimo/ Juan Fernández de Heredia, cantiga

Acabarseam mis plazeres

Anônimo, villancico

Soledadtenguo de ti

Anônimo, villancico, empregado na tragicomédia