INTERVALO CONTEMPORÂNEO | Diana Vegana | Luciano Zanette | de Outubro a Dezembro

A proposição Diana Vegana de Luciano Zanette elaborada para o projeto Intervalo Contemporâneo da Fundação Ema Klabin, foi pensada pelo artista a partir da identificação da colecionadora com a figura mitológica de Diana; referida em duas obras do acervo da Fundação, uma delas o retrato de Ema. Na mitologia romana, Diana é um modelo simbólico de mulher forte e independente. Diana Vegana foi pensada a partir destes valores: de uma mulher contemporânea, livre, forte, esclarecida e atuante.

No trabalho temos uma livre contextualização desta figura mitológica com o momento atual. Sendo ela não mais representada de modo arcaico como Diana Caçadora, que se impunha pela violência das armas, no caso o arco e flecha, mas como uma ativista vegana que se coloca com o intelecto, a empatia e a ação direta de conscientização, combatendo a utilização dos animais, tomados como propriedades e mercadorias pelos humanos. Esta Diana contemporânea defende o fim da escravidão animal.

A instalação Diana Vegana busca suscitar reflexões sobre estas e outras questões urgentes ligadas ao veganismo no mundo contemporâneo atreladas ao abolicionismo animal, a não violência, a questões ambientais, sociais, econômicas, políticas, de saúde pública, etc.

 

Luciano Zanette trabalha com questões vindas de condicionamentos físicos e mentais, com jogos de linguagem coloquial, com alusões a ações e posturas automáticas apresentadas em suas esculturas e instalações através da presença da escala do corpo humano. Sendo esta escala humana vinculada a estruturas que sugerem o mobiliário de uso cotidiano, privado e coletivo: da casa, da escola, da igreja, de locais de entretenimento e trabalho. Assim como a sugestão de encontros, confrontos, interdições e conexões.