fragmentos

Fragmentos

→ Retrospectiva Backdrop Grafite 2014-2018

A fim de mitigar o risco de propagação do Coronavírus (Covid-19), a Casa-Museu Ema Klabin, por precaução, suspenderá todas as suas atividades a partir de 14 de março de 2020. Assim que a situação permitir, faremos o possível para retomarmos nosso funcionamento normal, e nosso público será informado pelas redes sociais. Em caso de dúvidas, pedimos que entrem em contato por e-mail.

Imagem: Montagem com fragmentos dos Backdrops Grafite realizados na Fundação. Montagem de Henrique Godinho.

“Imagine uma cidade em que o grafite não é ilegal, uma cidade em que qualquer um pode desenhar onde quiser. Onde cada rua seja inundada de milhões de cores e frases curtas. Onde esperar no ponto de ônibus não seja uma coisa chata. Uma cidade que pareça uma festa para a qual todos foram convidados, não apenas as autoridades e os figurões dos grandes empreendimentos. Imagine uma cidade como esta e não encoste na parede – a tinta está fresca.” (Banksy: Guerra e Spray)

 

Promovido desde o ano de 2014, o Backdrop Grafite é uma série em que ações pictóricas relacionadas ao universo do grafite são trazidas para o espaço de auditório da Casa-Museu Ema Klabin.

Desde o início da série, em 2014, os artistas convidados puderam produzir um trabalho autoral sem nenhum tipo de proposta ou tema pré-estabelecido. Os trabalhos trouxeram seu caráter próprio e a identidade visual de seu realizador, uma característica marcante quando se fala sobre grafite. Muitas vezes conseguimos identificar o autor do trabalho pelas características individuais de sua produção: traços, paleta de cores, personagens e outros elementos distintivos.

Nos dois primeiros anos dessa série, formamos uma parceria com os artistas da galeria A7MA de arte e cultura, quando cada artista pode desenvolver um trabalho autoral para o fundo de palco destinado às apresentações musicais em nosso auditório.

Dentre os artistas convidados, tanto o Marcelo Ruggi (Tché), como o Marcos Ramos (Enivo) foram artistas que participaram em duas edições com trabalhos distintos. Marcelo fez nossa primeira edição do Backdrop, em maio de 2014, e Marcos deu continuidade na segunda edição, em novembro do mesmo ano. Até a segunda edição com o Marcelo, feita em setembro de 2016, outros artistas participaram da série: Jerry Batista na 3a edição, em março de 2105, Luiz Alexandre Lobot em agosto de 2015, Roberto Bieto abriu o ano de 2016 com uma nova pintura em fevereiro e no mesmo ano Rafael Hayashi fez a 6a edição em junho.

Dentre os diversos artistas já citados, convidamos também artistas que não produzem grafite, mas murais artísticos, como é o caso da dupla Lanó – Carolina Barbosa e Juliana Nersessian.

Nesta exposição “Fragmentos”, apresentamos ao público uma retrospectiva com imagens e/ou fragmentos de todos os trabalhos produzidos entre 2014 e 2018, juntamente com o primeiro backdrop de 2019, realizado por Binho Ribeiro.

Texto: Renê Foch.

 

Você pode conferir a exposição online logo abaixo.

A exposição presencial, que teria início dia 14 de março, foi adiada por conta das medidas de prevenção do Coronavírus (COVID-19).  Uma nova data será definida assim que a situação normalizar. As informações serão atualizadas através do nosso site e redes sociais, que seguem ativos.

1ª Edição – 05/2014

Marcelo Ruggi – Tché

Seus trabalhos margeiam a valorização da vivência como memória e bloco construtor, um fractal geométrico de experiências, seja na síntese de um pensamento, uma reflexão de mundo, a busca pela própria cura cromática, ou usando as esculturas como arquiteto do corpo, construindo objetos sólidos, reutilizando rejeito de chapas de aço soldadas piramidais multicoloridas e texturizadas, dialogando com o meio. A cidade e a concentração da meditação o levaram a ambientes místicos-geométricos multifacetados, quais são suas grandes referências para sua produção. Em 2000 começou a pintar Graffiti nas ruas e em 2005 iniciou estudo superior em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Brasil.

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2ª Edição – 11/2014

Enivo

Firmou um pacto vital com a arte e sua essência aos 12 anos de idade, através da primeira experiência com o Graffiti, em 1998. Desde então, marca as ruas da cidade com a materialização de ideias, expressão de sentimentos e questionamentos, através da imagem. Enivo afirma que todas as mutações em sua obra são como portais para o novo. Entende que a técnica, conceito e expressão transitam de forma cíclica. Cada nova série criada é resultado do que já foi feito e ao mesmo tempo um passo para novas pesquisas, ramificações de ideias que apresentam a continuidade, novas possibilidades de criação em busca do Âmago. Além da arte livre-expressiva nas ruas e no atelier, já ilustrou campanhas publicitárias para muitas marcas e decorou diversos lares e empresas. Graduado em Artes Plásticas pela Faculdade Paulista de Artes, é também arte-educador, na partilha de conhecimentos e vivências com jovens focados em pesquisar e produzir arte. Sócio fundador da A7MA Galeria, Enivo atua como curador e organizador de exposições que pensam Arte, em movimento.

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3ª Edição – 03/2015

Jerry Batista

Nascido no Grajaú, zona sul de São Paulo, periferia que se tornou seleiro de artistas contemporâneos, Jerry se inspira nas regiões carentes, lugar onde também nasceu e se orgulha, e acredita no trabalho social: “Sempre me preocupei em ter um estilo próprio que transmitisse minhas raízes brasileiras e desde 1996 questionava o sistema, suas falhas em relação à desigualdade social, fome e exploração do ser humano.artistas plásticos de todo o Brasil e outras partes do mundo. Encostos de cadeiras antigas se tornam belas molduras para a saga de Simplescião, guardião dos portais, uma espécie de super-herói brasileiro, além de outros objetos. Seus traços únicos já foram apreciados em exposições na Alemanha e França, além dos milhares de intervenções espalhadas pelas ruas de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Suas obras também foram expostas em importantes centros culturais brasileiros como a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Mube e Casa das Rosas e aos 18 anos de carreira fez a sua primeira exposição individual em 2014 na A7MA Galeria.

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4ª Edição – 08/2015

Luiz Alexandre Lobot

A velocidade e a quantidade de informações geradas nos grandes centros é a maior influência no trabalho de Luís Alexandre Lobot. A percepção de quem vive em uma cidade como São Paulo é constantemente bombardeada com pedaços de informações vindas de todos os lados, de ônibus e metrôs, anúncios de lojas, televisão, das falas das pessoas, rádios, ambulâncias, viaturas e o barulho da multidão. O grande conflito da existência nos centros urbanos. A cidade em construção. Pessoas em construção. Metrópoles. Isso tudo serve de inspiração e recursos para suas pinturas/desenhos. Influenciado pelo graffiti e outras manifestações artísticas, junto com uma espiritualidade futurista milenar vê na arte a saída para sua existência. Onde constrói um universo particular usando perspectivas e cores, formas e palavras. Chaves. O antes da cidade. Preto e Branco Colorido. O Ruído da Metrópole.

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5ª Edição – 02/2016

Bieto

Bieto, tem nas conversas, nas experiências de amigos e na vida em sociedade, sua maior fonte de inspiração. Em 1998, nos muros do bairro do Ipiranga, começou o que hoje tornou sua maior paixão, a pintura em telas, o grafite, a livre expressão. Em 2000, ingressou no curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Cásper Líbero, dois anos depois realiza sua primeira exposição no Teatro Dias Gomes. Unindo paixões, experiências, moradias, família, amor e sexo, Bieto se tornou um artista ousado, e criativo, que tem na presença, na conversa, na proposta e na reconfiguração suas ferramentas de pesquisa. Após viver entre extremos como Piauí, Barcelona, São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo, Santa Catarina, Bieto entende que a vida é como ela é, e que deve ser vivida e criada de forma individual, sem regras, sem julgamentos; de forma prazerosa, reflexiva e questionadora.

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6ª Edição – 06/2016

Rafael Hayashi

Rafael Hayashi, conflitos entre sociedade e o indivíduo são o tema central de seus trabalhos. São Paulo, Brasil, é a cidade onde nasceu, vive e de onde extraí suas obras. Da luta que trava com a cidade e da força que faz para não ser engolido por ela emergem seus trabalhos.
Na produção de suas pinturas as formas e os personagens emergem de grandes massas de tinta. Como se pudesse moldar a tela ele constrói com suas mãos e pedaços de tecido suas luzes, volumes e movimentos. Muito influenciado pela arte oriental e pela pintura contemporânea carrega em seus trabalhos marcas do ukiyo-e(gravura japonesa) e de pintores que sempre lhe foram referência com Cai Quo Quiang, Yang Shaobin, Francis Bacon, Lucian Freud , Egon Schiele entre muitos outros.

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7ª Edição – 09/2016

Marcelo Ruggi – Tché

Seus trabalhos margeiam a valorização da vivência como memória e bloco construtor, um fractal geométrico de experiências, seja na síntese de um pensamento, uma reflexão de mundo, a busca pela própria cura cromática, ou usando as esculturas como arquiteto do corpo, construindo objetos sólidos, reutilizando rejeito de chapas de aço soldadas piramidais multicoloridas e texturizadas, dialogando com o meio. A cidade e a concentração da meditação o levaram a ambientes místicos-geométricos multifacetados, quais são suas grandes referências para sua produção. Em 2000 começou a pintar graffiti nas ruas e em 2005 iniciou estudo superior em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, Brasil.

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8ª Edição – 03/2017

Karina Oliveira – KOT

Nascida em São Paulo em 1989, Karina Toledo (KOT) tinha o desenho e a pintura como suas “brincadeiras” favoritas desde a infância. Já mais velha, em 2012 estendeu sua paixão pela ilustração e animações para as paredes de comércios e residências e em seguida para os muros da cidade. Com um trabalho lúdico e expressivo KOT mescla suas referências do estudo das artes plásticas e a vivência em São Paulo com o universo místico e fantasioso das crianças e sua imaginação. Figuras expressivas, coloridas e muitas vezes reais apenas na imaginação da artista marcam seu trabalho.

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9ª Edição – 08/2017

Mag Magrela

Mag sempre teve contato com as artes plásticas através de seu pai que pintava telas, mas somente em 2007, as ruas serviram de base para os desenhos acumulados em cadernos. Desde então seus trabalhos podem ser encontrados principalmente nas ruas de São Paulo, mas também em Belo Horizonte, Rio de janeiro, Portugal, Londres e NYC. Representando o estilo do graffiti brasileiro, que usa da intuição e intensa criatividade, Mag se encontrou também em telas, performance, escultura em argila, assemblagens, bordados e azulejos.
Inspira-se na euforia urbana de São Paulo para transitar por temas que falam sobre a mistura da cultura brasileira: a fé, o profano, o ancestral, a batalha do dia-dia, a resistência, a busca pelo ganha-pão, o feminino.

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10ª Edição – 11/2017

Lanó

Idealizada por Carolina Barbosa e Juliana Nersessian, a Lanó foi fruto de um encontro de duas almas e quatro mãos.  Os traços delicados e impactantes trazem para a estética Lanó muito mais do que um apelo decorativo, trazem a harmonia e a elevação de ilustrações intensamente poéticas.

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11ª Edição – 03/2018

Katia Suzue

Katia Suzue, 37 anos, paulista, Artista plástica e urbana, membro acadêmico da Confederação Brasileira de Letras e Artes. Formada em Artes, técnica em Museu, estudou desenho e pintura por quatro anos no Japão, retornando ao Brasil imergiu no mundo das Artes visuais, seu trabalho ganhou referências a partir de suas vivencias e diásporas de sua descendência oriental. Em 2005 se iniciou no Graffiti com a missão de colorir o mundo, desde então sua representatividade na cena caminhou numa crescente, atualmente está entre as dez mulheres mais atuantes da Street Art brasileira (doc woohoo).

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12ª Edição – 08/2018

Enivo

Firmou um pacto vital com a arte e sua essência aos 12 anos de idade, através da primeira experiência com o Graffiti, em 1998. Desde então, marca as ruas da cidade com a materialização de ideias, expressão de sentimentos e questionamentos, através da imagem. Enivo afirma que todas as mutações em sua obra são como portais para o novo. Entende que a técnica, conceito e expressão transitam de forma cíclica. Cada nova série criada é resultado do que já foi feito e ao mesmo tempo um passo para novas pesquisas, ramificações de ideias que apresentam a continuidade, novas possibilidades de criação em busca do Âmago. Além da arte livre-expressiva nas ruas e no atelier, já ilustrou campanhas publicitárias para muitas marcas e decorou diversos lares e empresas. Graduado em Artes Plásticas pela Faculdade Paulista de Artes, é também arte-educador, na partilha de conhecimentos e vivências com jovens focados em pesquisar e produzir arte. Sócio fundador da A7MA Galeria, Enivo atua como curador e organizador de exposições que pensam Arte, em movimento.

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