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Marcos Amaro

→ Confira a entrevista com o artista Marcos Amaro que foi o convidado da série “Intervalo Contemporâneo” em novembro de 2019

*Imagem: Stefânia Sangi

Empresário, artista plástico e colecionador de arte,  Marcos Amaro estudou economia na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e formou-se em filosofia pelo Instituto GENS de Educação e Cultura.  Como artista plástico realizou diversas exposições em grandes museus e centros de cultura pelo mundo.

 

Em 2018, fundou o museu Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA), em Itu, onde expõe ao público sua coleção de quase 2 mil obras. Entre elas obras de ícones da arte nacional  como Aleijadinho, Tunga, Leda Catunda e  Nelson Leirner.  Marcos também é idealizador da FAMA Campo, um museu de land art em Mairinque inaugurado em 2019. Além disso, é sócio proprietário da Galeria Kogan Amaro, em São Paulo.

Em 2019, o artista participou da série Intervalo Contemporâneo da Casa-Museu Ema Klabin   com a escultura Lustre. A obra, produzida no Brasil logo que o artista regressou de uma pujante temporada  na Bélgica, faz parte da série “Diálogos com Meu Pai” , na qual Amaro se aproxima  novamente de objetos de caráter fraterno, lançando a eles um novo sentido. O artista é filho do ex presidente da TAM Linhas Aéreas, Rolim Amaro (1942-2001). A exposição que ficou em cartaz  de 9 de novembro à 15 de dezembro  de 2019 no pátio interno do museu teve a  curadoria da jornalista Ana Carolina  Ralston.

Para saber mais sobre o artista e a obra que faz parte da série “Diálogos com Meu Pai”, entrevistamos Marcos Amaro. Confira:

[ Cristina Aguilera] Como e quando a arte surgiu na sua vida?

[ MARCOS AMARO] Desde menino, por uma forte influência da minha mãe que é estilista.

[CA]  Você estudou economia na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e formou-se em filosofia no Instituto GENS de Educação e Cultura. Em arte você tem várias habilidades: escultor, pintor, desenhista. Nessa área, você é autodidata?

[MA] Sim, sou autodidata. Mas aprendo de artistas como Rubens Espirito Santo e Cabral. 

[CA]  Você realizou exposições em grandes museus e centros de cultura no Brasil e pelo mundo e participou de feiras internacionais como SP-Arte, Art Basel e Art Zurich. Qual a exposição mais marcante?

[MA] Acho que todas as exposições marcam. Gostei muito de mostrar o Lustre na Ema Klabin. 

[CA]  Você realiza muitas obras com peças retiradas de antigos aviões. Qual influência do comandante Rolim em suas obras?

        [MA] A influência do meu pai é o amor pela aviação.

[CA]  Quais são as suas referências nas artes plásticas?

        [MA] Gosto do Tunga e do Nuno Ramos.

[CA]  Em 2018, você fundou o museu Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA), em Itu.  Em 2019 o FAMA Campo, um museu de land art, em Mairinque. Qual seu objetivo em criar esses museus? Acredita que eles possam também unir a arte, a natureza e o turismo?

        [MA] Acredito sim. É uma forma de legado cultural. De gratidão pelo Brasil.

[CA]  Você vem realizando vários projetos inovadores em arte, como faz para que eles se viabilizem e perpetuem?

[MA] Tendo pessoas muito competentes ao meu lado.

Casa-Museu Ema Klabin é um intervalo no tempo.

Marcos Amaro.

 Sobre a participação na série Intervalo Contemporâneo:

[CA]  Nessa obra, seringas de penicilina aparecem entre materiais incinerado, inclusive, por estarem em um lustre, lembravam lâmpadas. Esse medicamento revolucionou e deu luz a medicina.  Em algum momento você pensou nessa analogia ou foi uma coincidência?

       [MA] Acho que nada é coincidência. Tudo tem um propósito e está interligado, sobretudo na arte.

[CA]  Por que você optou por apresentar a obra no chão do pátio interno da Casa-Museu?

        [MA] Acho lindo o pátio interno. É um dos lugares mais especiais da casa. 

[CA]  Hoje, onde se encontra essa obra?

        [MA] Na Fama em Itu.

[CA]  Você já conhecia a Fundação Ema Klabin? O que acha desse museu?

         [MA] Pela elegância e romantismo do espaço. É um intervalo no tempo. 

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Cristina Aguilera

Formada em jornalismo e especializada em Mídias em Educação pela Universidade de São Paulo. Atua há mais de quinze anos na área de Comunicação. É assessora de imprensa da Casa-Museu Ema Klabin e diretora da Mídia Brasil Comunicação Integrada.

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