Live de Lançamento

Live de lançamento dos Cadernos da Casa Museu Ema Klabin vol.2

→ Identidades Paulistanas

Lançamento do segundo volume dos Cadernos da Casa Museu Ema Klabin: Identidades Paulistanas

Sábado, 5 de dezembro, às 19:30

Gratuito ou contribuição voluntária

youtube.com/emaklabin

*Imagem: Projeto Gráfico Cadernos da Casa Museu Ema Klabin vol.2 Identidades Paulistanas por Lívia Silva

O lançamento do segundo volume dos Cadernos da Casa Museu Ema Klabin será celebrado com um recital ao vivo de Cecília Moita, com apresentação e comentários de Emmanuele Baldini.

Em 2019, a Casa Museu Ema Klabin lançou o primeiro volume dos Cadernos da Casa Museu Ema Klabin, publicação anual em formato digital que tem o objetivo de registrar e divulgar os conteúdos da programação desenvolvida pelo museu ao longo de cada ano. No segundo volume, que será lançado no dia 5 de dezembro de 2020, a publicação explora o tema central de nossa programação em 2019: Identidades Paulistanas.

Para celebrar esse lançamento, será transmitido via internet, diretamente da Casa Museu Ema Klabin, a partir das 19h30, um recital ao vivo com a pianista Cecília Moita, que executará um repertório dedicado ao tema Identidades Paulistanas no belíssimo piano Érard, de 1912, que pertenceu a Ema Klabin. Emmanuele Baldini, regente e violinista, apresentará o evento e fará comentários sobre o piano e o repertório.

A São Paulo que Ema Klabin conheceu em sua infância e juventude era uma cidade que crescia vertiginosamente, onde boa parte da população mal falava o português e guardava fortes costumes e tradições de seus locais de origem. Fundada no início da colonização do país por jesuítas que ensejavam a conversão religiosa das populações nativas, a cidade passava por grandes transformações. A cafeicultura, baseada no trabalho de africanos escravizados, foi fundamental para sua expansão e modernização.

Após a abolição, muitos imigrantes europeus e asiáticos também aqui aportaram em busca de novas oportunidades – entre os quais o pai e os tios de Ema -, estimulando a expansão do comércio e o surgimento da indústria. Após a década de 1930, o empenho de grandes contingentes de migrantes de outros estados brasileiros colaborou para a transformação da cidade na metrópole hoje conhecemos.

Todos esses grupos culturais contribuíram para que São Paulo tenha hoje, como uma de suas principais características, uma cultura rica e multifacetada, que foi o tema central da nossa programação de 2019, sob o título “Identidades Paulistanas”, agora registrada nos nove artigos do dossiê temático deste segundo volume. A música, a literatura, os povos originários, o patrimônio, a fotografia, as pessoas, a culinária, entre outros temas abordados, trazem uma relevante reflexão sobre elementos do passado e do presente que nos alertam para importância do encontro das diferentes culturas para a estruturação de uma sociedade mais justa e inclusiva.

O volume contém também um registro da homenagem que promovemos em comemoração do centenário de nascimento de Gilda de Mello e Souza, paulistana ilustre que teve um papel importante na definição do projeto cultural da casa museu. Nessa homenagem, sua inteligência, sensibilidade e ampla produção intelectual nos foi relatada por seus amigos, colegas e alunos.

A seção Rizomas traz ainda artigos não relacionados diretamente à temática anual, que abordam a identidade na Grécia Antiga, as paixões botânicas de Burle Marx e sua relação com o jardim que projetou para a casa museu, além de uma sensível mensagem do fotógrafo que registra nossas atividades há vários anos.

O caderno se encerra com um poema de Hendrik Franco dedicado ao livro “Poemas Negros”, de Jorge de Lima, obra de forte cunho social que integra a biblioteca de Ema Klabin em edição de luxo de 1947, ilustrada por Lasar Segall.

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Cecília Moita

Natural de São Paulo, iniciou seus estudos de piano aos 4 anos. Em 1985, bacharelou-se pela Unesp no curso de Educação Artística com habilitação em Música. Simultaneamente, seguiu seus estudos de órgão, piano popular e erudito. Em 1995, frequentou o Curso de Arranjo e Improvisação com Nelson Ayres e em 1997, curso de Jazz – JVC, na Manhattan School of Music (Festival de Jazz de Nova York). Em 2017 concluiu o curso de pós-graduação na Faculdade Santa Marcelina em pedagogia do piano. Desenvolve amplo trabalho de camerista, tendo acompanhado em recitais e Master Class músicos como: Philip Smith, Alexandre Baty (trompete), e Emmanuel Pahud (flauta), Pierre Volders (trombone), Jason Bergman (trompete) e Julian Rachlin (violino), Jorgen van Rijen (trombone), Pacho Flores (trompete) e Adrian Welleman (trombone). Em maio de 2015 realizou recital com Daniel Auner (violino) no Brasil e em Viena (Áustria). Em julho de 2016 acompanhou o trombonista Gyorgy Gyivicsán em concerto no Festival de Inverno Campos do Jordão, e em agosto em concertos no Encontro Internacional de Trompetes com Renato Longo (Brasil), David Krauss (EUA) e Russell (Montreal). Em 2017 tocou em recitais com os trombonistas: Peter Steiner, Alain Trudel no encontro Internacional de Trombonistas, realizado em São Paulo. Atuou como solista nas seguintes orquestras: Orquestra Jovem Estadual Maestro Eleazar de Carvalho, Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo, Orquestra de Campinas, Orquestra Jazz Sinfônica, Orquestra Sinfônica Municipal e com a Orquestra Petrobras Sinfônica. Em 2011 e 2012 atuou como pianista acompanhadora do programa ``Pré-estreia``, gravado pela TV Cultura. De 2006 a 2014 foi pianista acompanhadora dos alunos do curso de metais da EMESP. Atualmente é pianista da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e pianista correpetidora no Instituto Baccarelli.

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Emmanuele Baldini

Italiano, Baldini iniciou seus estudos musicais em Trieste com Bruno Polli, aperfeiçoando-se em Genebra com Corrado Romano, e em Salisburgo (Áustria) e Berlim (Alemanha) com Ruggiero Ricci. Mais recentemente, especializou-se em regência com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Desde sua adolescência ganhou inúmeros concursos internacionais, entre os quais se destacam o Premier Prix de Virtuosité avec Distinction e o Forum Junger Künstler. Baldini tocou como violinista ou em duo pelo mundo inteiro, com cinco turnês no Japão, quatro nos EUA, uma na Austrália, e já se apresentou em todas as principais salas de concerto das capitais europeias, além da América Latina. Sua incansável curiosidade e paixão pela música fez Baldini ampliar seus horizontes, e depois de uma carreira notável como violinista, começou a se aperfeiçoar como regente. Nessa nova fase, ele fundou também o Quarteto Osesp, intensificou sua atividade didática e, com o violino, começou a explorar o precioso repertório brasileiro, que resultou em inúmeros CDs gravados, para vários selos, e recebendo críticas muito elogiosas. Como regente, se destacam concertos no Teatro Colón, de Buenos Aires, no Teatro del Sodre, de Montevidéu, da própria Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo –Osesp e apresentações com as principais orquestras da América Latina. De 2017 a 2020 foi diretor musical da Orquestra de Câmara de Valdivia, Chile. É o atual diretor artístico da Orquestra de Câmara – Sphaera Mundi, de Porto Alegre.

  • Essas lágrimas sentidas, atribuído a José Nunes Garcia
  • Lundum, anônimo, séc. XIX
  • O coração partido, F. L. G. de Varnhagen
  • 5ª Valsa de Esquina, Francisco Mignone
  • Congada, Francisco Mignone
  • Lenda sertaneja nº2, Francisco Mignone
  • Valsa nº 9, Camargo Guarnieri
  • Feitio de oração, Noel Rosa/Vadico
  • Teu orgulho acabou, Adoniran Barbosa/Viriato dos Santos
  • É cedo, Adoniran Barbosa/Totó
  • Mamaô, Adoniran Barbosa/Paulo Noronha/Raymundo Chaves
  • Gente Humilde, ‘Garoto’ Aníbal Augusto Sardinha
  • Paulistana nº 1, Claudio Santoro
  • Rapaziada do Brás, Alberto Marino
  • Toada nº 6, Osvaldo Lacerda
  • Balada para as flores, E. Villani-Côrtes
  • Avenida Paulista, Eduardo Gudin/J.C. Costa Netto

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