Kleztival | 17/10 às 16:30

A sexta edição do Kleztival – Festival Internacional de Música Judaica terá sua abertura na Fundação Ema Klabin. O festival acontece de 17 a 25 de outubro e reúne importantes representantes nacionais e internacionais da música Klezmer em vários palcos da cidade de São Paulo.

No dia de abertura do VI Kleztival, a Fundação apresentará dois projetos. O lançamento do CD Yetsirah Project, bem como o lançamento do livro de Sonia Goussinsky em espetáculo com o trio de voz, violino e piano (acordeom), formado por Sonia Goussinsky, Alexandre D’Antonio e Daniel Szafran.

Show de lançamento do CD Yestsirah Project

Formado por músicos e compositores brasileiros de origem judaica, propõe neste trabalho independente apresentar composições de músicas litúrgicas feitas no Brasil. O grupo conta com a participação de Alexandre Travassos, Felipe Pipo Grytz, Márcio Bessen e a diretora do IMJ (Instituto de Música Judaica) e do Kleztival, Nicole Borger.

Show de canções ídiches e Lançamento do Livro de Sonia Goussinsky, ““Era uma vez uma voz:o cantar ídiche, suas memórias e registros no Brasil”.

“Era uma vez uma voz: o cantar ídiche, suas memórias e registros no Brasil”, publicado em 2015 pela editora Humanitas da Universidade de São Paulo, é baseado na pesquisa de doutorado da autora sobre o cantar ídiche e suas memórias no Brasil.

O livro apresenta um estudo da cultura ídiche através do cantar e do seu significado para os imigrantes e descendentes dessa vertente cultural no país. O cantar ídiche foi um dos elos que esses indivíduos mantiveram com suas raízes. Esses vínculos foram investigados através de 124 entrevistas e relatos de memórias, além dos registros documentais recolhidos.

Logo, o livro retrata o passado vivo de um grupo cultural que sempre cultivou formas de expressão musical no seu cotidiano, e seu significado. O resultado do trabalho, de quatro anos de intensa e cativante pesquisa, propõe uma reflexão sobre a importância do cantar na preservação dessa cultura musical e sobre questões relativas à identidade judaica brasileira.

Os gêneros musicais ídiches acalentam a saudade velada e simbólica que os imigrantes e seus descendentes sentem do território evocativo do ídiche. O cancioneiro ídiche traz, no plano coletivo e individual, uma herança apreciada de forma universal e crescente, por diversas esferas culturais.

Sobre a autora:

Sonia Goussinsky é cantora, professora e pesquisadora, natural de São Paulo. Recebeu o título de doutora em 2013 pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, defendendo sua tese sobre as memórias do cantar ídiche no Brasil. A experiência e interesse que tem desenvolvido como cantora, em atividades de performance, de pesquisa e didáticas, incluem o contato com múltiplos elementos referentes à esfera artística. Tem se apresentado acompanhada por diversas formações musicais, em repertório variado desde canções do Renascimento até a música étnica judaica e a música erudita brasileira.Tem também trabalhado como docente em cursos de graduação e pós-graduação de importantes instituições de ensino superior do estado de São Paulo. É coordenadora da pós-graduação em interpretação para musicais da Escola Superior de Artes Célia Helena, instituição na qual ministra também aulas nas disciplinas de expressão musical, metodologia científica e voz, nos cursos de graduação e pós-graduação. Na Fundação Instituto Tecnológico de Osasco leciona disciplinas práticas, relacionadas à música e à voz, bem como teóricas, como história da música e orientação de trabalhos de pesquisa científica em artes. Integra também o corpo profissional do Musicalis Núcleo de Música em São Paulo. Graduou-se pelo Instituto de Artes da UNESP em 1992, obtendo o bacharelado em música com habilitação em canto. Posteriormente, residiu por nove anos na Europa, onde concluiu a pós-graduação em música antiga (na Guildhall School of Music and Drama de Londres) e o mestrado (no Trinity College of Music de Londres), além de frequentar cursos e atividades dos Conservatórios de Marselha e de Aix-en-Provence.

Sobre os músicos:

Alexandre D’Antonio, violinista, diplomou-se bacharel em violino pela UNICAMP, na classe do pesquisador e professor Moacyr Del Picchia. Nesse período também trabalhou com o violinista, pesquisador e professor J. E. Gramani. Atualmente desenvolve trabalho voltado à performance em instrumento antigo, participando em importantes Festivais de Música Antiga no Brasil e exterior. Hoje integra a Orquestra Sinfônica Municipal de Americana, Grupo Companhia de Música, Affetti Musicali, Armonico Tributo, Orquestra Barroca do Festival de Juiz de Fora. Dirige o grupo “Estilo Moderno”, dedicado à interpretação da música do século XVII; e também dirige a “Oficina Barroca”, dedicada à difusão da música antiga em projetos didáticos. Integra ainda o Grupo Afetos Barrocos e atua regularmente também como solista e em recitais de música de câmara com variadas formações em importantes salas de concerto do ambiente musical. Desenvolve pesquisa prática e artística no instrumento, abordando a música tradicional de diversos povos e culturas, com ênfase na música italiana e judaica.

Daniel Szafran, pianista, músico, intérprete, compositor e arranjador, foi integrante da Banda Fanzine da TV Cultura, nos anos 1990. Desde então, seu piano pop diferente emerge na colaboração com artistas e músicos em shows e CD, como suas participações na feroz discografia do compositor Edvaldo Santana, ou nos teclados do início da carreira da cantora gaúcha Laura Finocchiaro nos anos 80 e com Mauricio Pereira, sua parceria mais frequente. Com ele, co-produziu, e tocou o piano no CD “Mergulhar na Surpresa”, que completa 20 anos de lançamento. Daniel Szafran também é parceiro do trompetista Claudio Faria, que tem em sua seara, a colaboração com artistas como Elis Regina, Roberto Carlos e o trombonista Bocato, seu sócio-fundador na lendária Banda Metalurgia. Com ele, criou o intimista “Tributo a Chet Baker” um olhar brasileiro sobre a influência e o misterioso perfil do famoso trompetista americano, ou então na atual incursão inspirada no jazz de Miles Davis, como pode ser visto no bar Estônia, no centro de São Paulo. Atua também como músico do Templo ‘Beth El’ de São Paulo.

VI Kleztival – Festival Internacional de Música Judaica | 17 de Outubro | Sábado | 16:30 | gratuito | 180 Lugares